Antigo vereador do PS e do PSD, José Elísio preside à junta da sua terra natal, Lavos, que conquistou, nas últimas autárquicas, como independente.
P- Como é que está a lidar com a escassez de recursos financeiros?
R- Por força de algumas decisões do Governo, a juntas de freguesia sofreram cortes nas pouquíssimas verbas que recebiam. No nosso caso, foram cerca de sete mil euros/ano, numa verba de 60 mil. E pelas dificuldades financeiras que atravessa, durante um ano, a Câmara da Figueira da Foz só transferiu 2.500 euros. Tenho tido o apoio dos lavoenses e de algumas empresas instaladas na freguesia.
P- De que carências padece a freguesia?
R- A freguesia precisa que os lavoenses tomem consciência que devem ser mais ativos, mais dinâmicos, porque criar riqueza é uma coisa que também lhes compete. (Por seu lado), a extensão de saúde já não tem condições para responder cabalmente às solicitações, e por isso temos em curso, com a câmara, uma candidatura para a construção de um novo equipamento que sirva todos os lavoenses.
P- O mar tem destruído a Costa de Lavos…
R- Tem. Reclamo a construção de um novo esporão, a sul do existente. Declino toda a responsabilidade do que lá possa acontecer, porque tenho feito tudo o que é possível fazer para que aquela situação se resolva.
P- Continua a afirmar que a ilha da Morraceira pertence à sua freguesia?
R- Provavelmente, em abril ou maio, acionarei um processo judicial contra a câmara. Quero provar que a Morraceira sempre foi e é de Lavos. A câmara marcou a ilha como sendo de Vila Verde. Responsáveis da câmara afirmam que foi um engano. Não quero fazer uma guerra com Vila Verde nem com a câmara, quero conversar.
P- E é no tribunal que vai conversar?
R- Estou disponível para resolver o assunto de forma pacífica; se a câmara não quiser, então só tenho uma hipótese: avançar com um processo judicial contra a câmara, e não contra Vila Verde.
Fonte: as Beiras
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